domingo, 3 de junho de 2012

Vamos fazer alguma atividade física - alongar-se, exercitar-se ...

CEAN – DREPlano Piloto – SE DF DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA - PROFª VALÉRIA ENSINO MÉDIO GINÁSTICA COM CONSCIÊNCIA O seu corpo – essa casa onde você não mora ou mora? Para reflexão geral. Nesse instante, esteja você onde estiver, há uma casa com o seu nome. Você é o único proprietário, mas faz tempo que perdeu as chaves? Por isso fica de fora, só vendo a fachada? Não chega a morar nela? Essa casa, teto que abriga suas mais recônditas e reprimidas lembranças, é o seu corpo. “ Se as paredes ouvissem...” Na casa que é o seu corpo, elas ouvem, essas paredes que tudo ouviram e nada esqueceram são os músculos. Na rigidez, crispação, fraqueza e dores dos músculos das costas, pescoço, diafragma, coração e também do rosto e do sexo, está escrita toda sua história; do nascimento até hoje. Sem perceber, desde os primeiros meses de vida, você reagiu a pressões familiares, sociais e morais. “Ande assim, não se mexa, cuidado, tire a mão daí, fique quieto, não pode, faça alguma coisa, vá depressa, onde vai com tanta pressa? “ Atrapalhando, você dobrou-se como pôde. Para conformar-se, você se deformou. Seu corpo de verdade – harmonioso, dinâmico e feliz por natureza, foi sendo substituído por um corpo estranho, que você aceita com dificuldade, que no fundo você rejeita. È a vida, diz você; não há outra saída. Respondo-lhe que você pode fazer algo para mudar e que só você pode fazer isso. Não é tarde demais, nunca é tarde demais para liberar-se da programação de seu passado, para assumir o próprio corpo, para descobrir possibilidades até então inéditas. Ser é nascer continuamente. Mas quantos se deixam morrer pouco a pouco, enquanto vão-se integrando perfeitamente às estruturas da vida contemporânea até perderem a vida; porque se perdem de vista? Saúde, bem-estar, segurança, prazeres, deixamos tudo a cargo de médicos, psiquiatras, arquitetos, políticos, patrões, maridos, mulheres, amantes, filhos. Confiamos a responsabilidade de nossa vida, de nosso corpo, aos outros, por vezes àqueles que não desejam essa responsabilidade e que se sentem esmagados por ela. Quando renunciamos à autonomia, abdicamos de nossa soberania individual. Passamos a pertencer aos poderes, aos seres que nos recuperaram. Se reivindicarmos tanto a liberdade, é porque nos sentimos escravos, e os mais lúcidos reconhecem ser escravos cúmplices. Mas como poderia ser de outro jeito, se não chegamos a ser donos nem de nossa própria casa, primeira casa, da casa que é o nosso corpo? Você pode, no entanto, reencontrar as chaves do seu corpo, tomar posse dele, habitá-lo, enfim e nele encontrar vitalidade, saúde, e autonomia que lhe são próprias. Como? Não certamente, se você considerar o corpo como uma máquina fatalmente defeituosa e que o atravanca, como uma máquina composta de peças soltas (cabeça, costas, pés, nervos...) que devem ser confiadas cada uma a um especialista, cuja autoridade e veredicto serão aceitos de olhos fechados. Não, certamente, se você aceitar como definitivas as etiquetas de “nervoso” ,”síndrome do pânico” “com um funcionamento do intestino”, “fraco”, “insone” , etc... E não, certamente, se você procurar fortalecer-se pela ginástica que se contenta com o adestramento forçado do corpo-carne, do corpo considerado sem inteligência, como um animal a domar. Nosso corpo somos nós. Somos o que parecemos ser. Nosso modo de parecer é nosso modo de ser. Mas não queremos admiti-lo. Não temos a coragem de nos olhar. Aliás não sabemos como fazer. Confundimos o visível com o superficial. Só nos interessamos pelo que não podemos ver. Chegamos a desprezar o corpo aqueles que se interessam pelos seus corpos. Sem nos determos sobre nossa forma – nosso corpo – apressamo-nos a interpretar nosso conteúdo, estruturas psicológicas, sociológicas, históricas. Passamos a vida fazendo malabarismos com as palavras, para que elas nos revelam as razões de nosso comportamento. E que tal se, através de nossas sensações, procurássemos as razões do próprio corpo? Nosso corpo somos nós. É nossa única realidade perceptível. Não se opõe à nossa inteligência, sentimentos, alma. Ele os inclui e dá-lhes abrigo. Por isso tomar consciência do próprio corpo é ter acesso ao ser inteiro... Por corpo e espírito, psíquico e físico, e até força e fraqueza, representam não a dualidade do ser, mas sua unidade. Pela ginástica você poderá deixar cair máscaras, disfarces, poses, o “faz-de-conta” e passar a ser, a ter coragem de ser autêntico. Você poderá livrar-se de uma infinidade de males – insônia, distúrbios digestivos – fazendo com que trabalhem para você, você pode afirmar sua individualidade, reencontrar sua capacidade de iniciativa a confiança em si mesmo. Você pode aumentar sua capacidade intelectual melhorando antes de tudo os impulsos nervosos entre cérebro e músculos. Você pode desaprender os maus hábitos e descobrir a eficácia e espontaneidade de libertar-se, em qualquer idade, das pressões que cercaram sua vida e seu comportamento corporal, conseguindo perceber o ser belo, bem feito, autêntico, que você deve ser. Cada um dentro de suas limitações. Vamos La? Mova-se

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